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PORTO DE GALINHAS, Ipojuca / PE (Quinta-feira, 2 de outubro) - O JISK apresenta o Campeonato Brasileiro de Parasurf 2025 abre a disputa pelos títulos nacionais da Confederação Brasileira de Surf nesta sexta-feira na Praia do Borete, em Porto de Galinhas. A competição também vale como seletiva para o Mundial de Parasurf da ISA (International Surfing Association) e será transmitida ao vivo no CBSurf.org.br pelo canal CBSurfPLAY no YouTube. Esta é a terceira vez que esse evento especial da CBSurf, que reúne atletas com lindas histórias de superação, acontece e já está virando uma tradição no município do Ipojuca, litoral sul de Pernambuco.
“É com muito orgulho e emoção, que Ipojuca recebe essa etapa de Parasurf da Confederação Brasileira”, destaca o prefeito do Ipojuca, Carlos Santana. “Apoiar o esporte é uma prioridade para nós, porque sabemos como ele promove, além da saúde, cidadania e alegria. E isso é ainda mais emblemático, quando falamos de um projeto inclusivo como esse. Nosso compromisso vai além das ondas: queremos garantir que o esporte inclusivo floresça no cotidiano, abra portas e inspire pessoas a superarem desafios com dignidade, paixão e esperança”.
O prefeito do município do Ipojuca, Carlos Santana, também lembra que o Brasil vem colecionando títulos mundiais no Parasurf, com duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze no Mundial da ISA em 2024 e ele espera que venham mais conquistas em 2025. O JISK apresenta Campeonato Brasileiro de Parasurf vai decidir os campeões brasileiros da CBSurf e também serve como seletiva para o ISA World Para Surfing Championship 2025, que será realizado entre os dias 2 e 7 de novembro em Oceanside, na Califórnia, Estados Unidos.
Quem também é um entusiasta deste Campeonato de Parasurf da Confederação Brasileira de Surf, é o Derivaldo Costa, o Deri da Secretaria Especial de Esportes do Município do Ipojuca: “Ver o mar de Porto de Galinhas cheio de competidores de diversas classes do Parasurf, remando de joelhos, sentados ou adaptados, é testemunhar o poder transformador do esporte. Em Ipojuca, temos a honra de apoiar esse evento que será decisivo para definir os títulos brasileiros de 2025 e os representantes do país no próximo Mundial da ISA”.
CADA PARTICIPANTE DO PARASURF TEM SUA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO
Realmente, cada participante do Campeonato Brasileiro de Parasurf tem uma linda história de vida e principalmente de superação, para seguir feliz praticando um esporte em um ambiente tão mágico como o mar. Em Ipojuca, estão os melhores da modalidade Parasurf do país, campeões mundiais e campeões brasileiros, como a carioca Maria do Sol, que em 2024 venceu seu primeiro título na CBSurf na categoria PS-Prone 1, para quem surfa em decúbito ventral, ou de bruços, deitado de barriga pra baixo na prancha, com a cabeça voltada para o lado.
“Eu sou carioca, nasci no Rio de Janeiro e aos 45 dias de vida, perdi meus dois pés em um acidente doméstico com fogo”, revelou Maria do Sol. “Eu moro hoje em Florianópolis e iniciei no surf de um modo que eu não esperava, não imaginava. Eu sempre quis surfar, já tinha tido algumas experiências ao longo da vida, mas nunca tinha entendido que poderia levar o surf como um esporte. Eu já tinha feito hipismo, canoagem e o surf surgiu na minha vida em um momento que já tinha criado minhas 5 filhas. Foi quando pensei sobre o que eu queria fazer de verdade e não fiz. E era o surf”.
Maria do Sol narra como foi o seu início no Parasurf: “Aí eu entrei no projeto Surf Sem Fronteiras em Florianópolis e ali eu retomei meu contato com o surf. Eu já nadava muito bem e o Pino, o Roberto Pino, nosso grande campeão, me viu na internet e falou: Sol, a gente tá precisando de mulheres, eu vi que você tem chance, tem potencial, tem garra, então vamo com a gente. Eu vi aquilo como uma oportunidade de estar mais perto de pessoas que tem histórias similares, de superação, de vivências de deficiência, ao mesmo tempo histórias de vida tão incríveis”.
HISTÓRIAS DE SUPERAÇÃO ACONTECENDO DURANTE AS COMPETIÇÕES
Logo, Maria do Sol se consagrou campeã brasileira do PS-Prone 1, vencendo as duas etapas do ano passado em Cabedelo na Paraíba e em Ipojuca, se classificando para o Mundial da ISA, onde viveu mais uma história de superação: “Em 2024 fui campeã brasileira na modalidade Pro, mas quando cheguei no Mundial na Califórnia, a ISA me desclassificou do Prone. Mesmo assim, despreparada, fiquei em sexto lugar do mundo na modalidade Kneel, que é a que surfo hoje, de joelhos. A partir dali continuei minha dedicação pro surf, mudei toda a minha vida, toda a minha história. Eu já trabalhava com autoconhecimento, mentalidade positiva, aí integrei isso ao meu trabalho, a visão com o surf, o entendimento do mar como um espaço de cura, de transformação, de se integrar com a Natureza”.
Maria do Sol vive outro episódio de superação para seguir competindo: “Depois disso, outras oportunidades apareceram e fui parar no Havaí também, fiquei em quinto do mundo agora em maio de 2025. Aí me lesionei após voltar do Havaí, comecei a ver que eu teria que me readaptar, encontrar caminhos, passei por várias coisas que muitos atletas passam, muita dor, muito tratamento, muito esforço, empenho e muito trabalho mental e emocional. Agora estou aqui, mais uma vez em Ipojuca disputando título brasileiro, seletiva pro Mundial e não sei como está meu nível, mas é o que sempre digo, estou com coragem, com fé pra fazer meu melhor e é incrível estar com essa família do Parasurf de novo. Quero dar parabéns a todos que investem nos esportes paralímpicos ou paradesportos, que estão levando histórias que inspiram o mundo inteiro. Muito obrigado CBSurf por tudo”.
AVALIAÇÃO MÉDICA PARA CLASSIFICAÇÃO NAS RESPECTIVAS CATEGORIAS
Maria do Sol foi uma das atletas que passaram pela avaliação médica comandada pelo Doutor Anderson Lessa na quinta-feira. É um procedimento obrigatório na modalidade Parasurf, para que os surfistas sejam alocados na categoria correta entre as 12 classes funcionais do Campeonato de Parasurf da Confederação Brasileira de Surf. A quinta-feira também foi importante por ser um dia livre de treinos, para os atletas se adaptarem aos seus equipamentos e às ondas da Praia do Borete.
Nesta sexta-feira, às 9h00 acontece a abertura oficial do JISK apresenta Campeonato Brasileiro de Parasurf 2025, com presença de autoridades, execução do hino nacional, hasteamento da bandeira do Brasil. Em seguida, serão iniciadas as competições das doze modalidades em disputa, que prosseguem até domingo, com transmissão ao vivo no CBSurf.org.br pelo canal CBSurfPLAY no YouTube. O evento já está se tornando uma tradição em Ipojuca, esta é a terceira edição realizada em Porto de Galinhas, sempre contando com total apoio da Prefeitura Municipal.
DOZE CATEGORIAS OU CLASSES FUNCIONAIS DA MODALIDADE PARASURF
No domingo serão conhecidos os campeões brasileiros e os classificados para o Mundial da ISA. Nas modalidades PS-S1, PS-2 e PS-3, competem atletas que surfam em pé. A PS-S1 é a dos surfistas com deficiência na parte superior do corpo e de baixa estatura, como o já tricampeão brasileiro Roberto Pino, portador de nanismo. A PS-S2 é a dos atletas com comprometimento da parte inferior abaixo do joelho. E a PS-S3 dos que também tem comprometimento na parte inferior, mas acima do joelho.
Quem surfa de joelhos ou sentados, compete na classe PS-Knell, ou PS-Sit se não precisar de assistência para remar ou voltar para a prancha. Para quem surfa de bruços, ou decúbito ventral, a modalidade é PS-Prone 1 ou PS-Prone 2 se precisar de ajuda para remar. As categorias dos deficientes visuais completam a lista de modalidades que o Campeonato Brasileiro de Parasurf classifica para o Mundial. A PS VI-1 é para quem tem cegueira total e a PS VI-2 com cegueira parcial.
A Confederação Brasileira de Surf ainda inclui três modalidades que não são disputadas no Mundial da ISA. Uma é a dos competidores com Síndrome de Down, que o carioca Gabriel Paiva e a paulista Jade Lie venceram os títulos brasileiros no ano passado. Outra é a dos surfistas com Autismo, que os campeões foram o carioca Thiago Gama e a cearense Ana Cordeiro. A terceira modalidade é para atletas com surdez, categoria vencida pela capixaba Aline Lopes em 2024. A CBSurf ainda premiou o carioca Kauã Caldas com o título de campeão Inclusivo, por não se encaixar em nenhuma categoria.
O JISK apresenta Campeonato Brasileiro de Parasurf é uma realização da Confederação Brasileira de Surf com patrocínio da Prefeitura Municipal do Ipojuca através da Secretaria Especial de Esportes, do Governo do Estado de Pernambuco pela Secretaria de Esportes e do Ministério do Esporte do Governo Federal e tem apoio da UNINASSAU, Federação Pernambucana de Surf, Monster Energy, Rodas da Liberdade, Surfland Brasil, parafinas Fu-Wax, Pousada Maresia e Atual Proteção Veicular.
CAMPEÕES BRASILEIROS DO CBSURF PARASURF 2024:
PS-S1: ROBERTO PINO (PE) e LARA PINO (PE)
PS-S2: RAFAEL LUEDERS (SC) e MALU MENDES (SP)
PS-S3: ICARO LASAS (ES) e ROCHELE SILVA (CE)
PS-Kneel: JOÃO ENERGIA (SC) e VERA QUARESMA (SC)
PS-Prone 1: CLEUSON SOARES (PB) e MARIA DO SOL (SC)
PS-Prone 2: DAVI AGUIAR (RJ) e MONIQUE OLIVEIRA (RJ)
PS VI-1: FIGUE DIEL (SC) e INGRID MEDINA (SC)
PS VI-2: MIGUEL FLAVIO (SP) e MARIANA BUSNELLO (SC)
Down: GABRIEL PAIVA (RJ) e JADE LIE (SP)
Autismo: THIAGO GAMA (RJ) e ANA CORDEIRO (CE)
Surdez: ALINE LOPES (ES)
Inclusivo: KAUÃ CALDAS (RJ)
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SOBRE A CBSURF - A Confederação Brasileira de Surf é a casa oficial do surf no Brasil, reconhecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e pela ISA (International Surf Association), como a entidade nacional de administração de todas as atividades relacionadas aos esportes com pranchas, como definido no seu Estatuto. A CBSurf foi originalmente fundada em 17 de outubro de 1998 e conta com 15 federações estaduais filiadas. A sede atual está situada na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, tendo como presidente Flávio Padaratz e como vice-presidentes Paulo Moura e Brigitte Mayer, eleitos em fevereiro de 2022.
“De surfista para surfista” é o lema da CBSurf, que tem como missão, produzir, chancelar e organizar o Dream Tour e a Taça Brasil, que compõem o Campeonato Brasileiro de Surf, e decidir os campeões e campeãs brasileiras também do Surf de Base, da categoria Master, de Ondas Grandes, das modalidades Longboard e Stand Up Paddle (Race, Wave, Sprint e Paddleboard) e o Campeonato Brasileiro de Parasurf. A CBSurf tem como valor principal, promover a criação de ídolos nacionais e consolidar as carreiras dos atletas de todas as categorias, inclusive das profissões que gravitam em torno das competições, trazendo dignidade para toda a comunidade do surf brasileiro.
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