WSL South America

Margaret River Pro é cancelado pela ameaça de tubarões

A World Surf League decidiu visar a segurança dos atletas em primeiro lugar para interromper a continuação do evento que estava na terceira fase masculina e nas quartas de final femininas

18.04.2018  |  41 visualizações

A continuação do Margaret River Pro foi cancelada pela World Surf League na quarta-feira, visando a segurança dos atletas pelo alto risco da presença de tubarões nesta semana na costa ocidental da Austrália. A terceira etapa do World Surf League Championship Tour tinha prazo até domingo para ser finalizada, mas todos os surfistas concordaram com a decisão. Os 24 que iam disputar a terceira fase, terminaram em 13.o lugar somando 1.665 pontos no ranking, enquanto as oito classificadas para as quartas de final na segunda-feira, ficaram empatadas em quinto lugar com 4.745 pontos.

Na manhã da quarta-feira, a CEO da WSL, Sophie Goldschmidt, emitiu um comunicado aos surfistas, informando sobre o cancelamento do restante do Margaret River Pro, terceira etapa do WSL Championship Tour 2018. O motivo principal é preservar a segurança dos surfistas, devido à combinação única e excepcional que está acontecendo em Western Australia (costa ocidental da Austrália) nesta semana, aumentando a presença de tubarões na região.

“A WSL coloca a segurança em primeiro lugar”, escreveu Sophie Goldschmidt. “O surfe é um esporte com várias formas de risco, o único praticado onde os animais selvagens habitam nosso local de desempenho. Os tubarões são uma realidade ocasional das competições da WSL e do surfe em geral. Todos no nosso esporte sabem disso. Houve incidentes no passado, é possível que haja no futuro, que não chegaram ao cancelamento de um evento do CT. No entanto, as circunstâncias atuais são muito incomuns e preocupantes, então decidimos que o alto risco durante o Margaret River Pro esse ano ultrapassou o limite do aceitável”.

Depois de dois incidentes distintos ocorridos na vizinha Gracetown, na segunda-feira (16), aproximadamente 6 Km de distância de Main Break, palco principal do Margaret River Pro, a WSL acionou todos os seus protocolos de segurança, promovendo reuniões com todos os responsáveis e envolvidos nas últimas 48 horas, antes de tomar a decisão de cancelar a continuação do evento. Os organizadores não descartam a possibilidade de completar o campeonato em outro lugar durante esta temporada ainda.

“A segurança é nossa maior prioridade e essa é a decisão certa a ser tomada, devido a todas as circunstâncias”, disse o comissário da WSL, Kieren Perrow. “Analisamos a situação de perto, falamos com os atletas, a Water Safety, as autoridades locais, analisamos o máximo de informações possível. Margaret River é um lugar fantástico do mundo, mas a presença de tubarões ativamente agressivos e baleias encalhadas neste período, nos convenceram de que este era o caminho correto a seguir”.

“Os tubarões são algo com que vamos sempre ter que lidar toda vez que surfamos e nós aceitamos esse risco”, disse Adrian Buchan, representante dos surfistas. “Devido as carcaças de baleias mortas, vários ataques foram registrados e estão aumentando, então eu apoio totalmente a decisão da WSL de colocar a segurança dos surfistas em primeiro lugar. Essa região ocidental da Austrália é um dos meus lugares favoritos e parte desse fascínio é a beleza selvagem e a sensação de estar perto da Natureza. Agradecemos o carinho da comunidade local e esperamos voltar em breve”.

“É uma decisão realmente difícil, já que os surfistas adoram vir aqui”, disse Sage Erickson, top do CT e representante das surfistas da elite. “É um lugar lindo, as ondas são incríveis e toda a comunidade apoia bastante o surfe profissional. Mas, a situação nesta temporada está realmente desafiadora e várias surfistas não se sentem seguras. Eu sei que não é uma decisão fácil, mas nós realmente aprovamos pela quantidade de informações e incidentes que ocorreram”.

OI RIO PRO – Com o cancelamento, a disputa pela liderança na corrida pelos títulos mundiais que seria travada em Margaret River, fica para a etapa brasileira, o Oi Rio Pro, que será disputado entre os dias 11 e 20 de maio em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Assim como na última prova da “perna australiana”, dois surfistas vão competir com a lycra amarela do Jeep Leaderboard na Praia de Itaúna, o potiguar Italo Ferreira e o australiano Julian Wilson, por estarem empatados em primeiro lugar no ranking. No feminino, Stephanie Gilmore permaneceu na frente e também vai vestir a lycra amarela no Oi Rio Pro.

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE - A World Surf League (WSL) tem como objetivo celebrar o melhor surfe do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.

A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, realizando mais de 180 eventos globais que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial.

Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL tem uma enorme legião de fãs apaixonados pelo surf em todo o mundo, que acompanham ao vivo as apresentações de grandes estrelas, como Tyler Wright, John John Florence, Paige Alms, Kai Lenny, Taylor Jensesn, Honolua Blomfield, Mick Fanning, Stephanie Gilmore, Kelly Slater, Carissa Moore, Gabriel Medina, Courtney Conlogue, entre outros, competindo no campo de jogo mais imprevisível e dinâmico entre todos os esportes no mundo.

Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.

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João Carvalho – WSL South America Media Manager

(48) 999-882-986 – jcarvalho@worldsurfleague.com

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QUARTAS DE FINAL – oito empatadas em 5.o lugar com 4.745 pontos:

1.a: Carissa Moore (HAV) x Tatiana Weston-Webb (HAV)

2.a: Stephanie Gilmore (AUS) x Bronte Macaulay (AUS)

3.a: Johanne Defay (FRA) x Nikki Van Dijk (AUS)

4.a: Tyler Wright (AUS) x Lakey Peterson (EUA)

TERCEIRA FASE – 24 empatados em 13.o lugar com 1.665 pontos:

1.a: Owen Wright (AUS) x Keanu Asing (HAV)

2.a: Kolohe Andino (EUA) x Jessé Mendes (BRA)

3.a: Jordy Smith (AFR) x Michael February (AFR)

4.a: Italo Ferreira (BRA) x Michael Rodrigues (BRA)

5.a: Sebastian Zietz (HAV) x Conner Coffin (EUA)

6.a: Julian Wilson (AUS) x Kael Walsh (AUS)

7.a: Gabriel Medina (BRA) x Jack Robinson (AUS)

8.a: Michel Bourez (TAH) x Connor O´Leary (AUS)

9.a: Adriano de Souza (BRA) x Willian Cardoso (BRA)

10.a: Filipe Toledo (BRA) x Yago Dora (BRA)

11.a: Joel Parkinson (AUS) x Joan Duru (FRA)

12.a: John John Florence (HAV) x Mikey Wright (AUS)

TOP-22 DO JEEP LEADERBOARD – RANKING WSL 2018 – após a 3.a etapa:

01: Julian Wilson (AUS) – 13.330 pontos

01: Italo Ferreira (BRA) – 13.330 pontos

03: Mick Fanning (AUS) – 11.500

04: Owen Wright (AUS) – 11.155

04: Michel Bourez (TAH) – 11.155

06: Adrian Buchan (AUS) – 9.885

07: Gabriel Medina (BRA) – 9.415

08: Griffin Colapinto (EUA) – 8.170

09: Filipe Toledo (BRA) – 8.075

10: Adriano de Souza (BRA) – 7.030

10: Conner Coffin (EUA) – 7.030

12: Tomas Hermes (BRA) – 6.925

12: Patrick Gudauskas (EUA) – 6.925

14: Frederico Morais (PRT) – 6.830

14: Michael Rodrigues (BRA) – 6.830

16: Jeremy Flores (FRA) – 5.785

16: Wade Carmichael (AUS) – 5.785

18: Ezekiel Lau (HAV) – 5.585

19: Mikey Wright (AUS) – 5.365

20: Jordy Smith (AFR) – 4.995

20: Kolohe Andino (EUA) – 4.995

20: Joel Parkinson (AUS) – 4.995

20: Willian Cardoso (BRA) – 4.995

--------outros brasileiros:

26: Jessé Mendes (BRA) – 3.750 pontos

31: Yago Dora (BRA) – 2.505

36: Caio Ibelli (BRA) – 1.260

36: Ian Gouveia (BRA) – 1.260

39: Miguel Pupo (BRA) – 420

TOP-10 DO JEEP LEADERBOARD – RANKING WSL 2018 – 3 etapas:

01: Stephanie Gilmore (AUS) – 19.940 pontos

02: Lakey Peterson (EUA) – 17.830

03: Carissa Moore (HAV) – 14.235

04: Tatiana Weston-Webb (HAV) – 13.935

05: Caroline Marks (EUA) – 13.915

06: Tyler Wright (AUS) – 12.575

06: Johanne Defay (FRA) – 12.575

08: Nikki Van Dijk (AUS) – 10.880

09: Keely Andrew (AUS) – 10.580

10: Sally Fitzgibbons (AUS) – 10.560

10: Silvana Lima (BRA) – 10.560

10: Malia Manuel (HAV) – 10.560

 

  • Margaret River
    (@WSL / Matt Dunbar)

  • Kieren Perrow (AUS)
    (@WSL / Kelly Cestari)

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